Mantenha-se protegido contra o novo coronavírus
 

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Mantenha-se protegido contra o novo coronavírus

10 / Fevereiro / 2020

No início de 2020, a notícia de uma nova epidemia gerou preocupação mundial. Tendo como epicentro a cidade de Wuhan, na China, um “vírus misterioso” começou a circular e infectar a população rapidamente. Foi dessa forma que a sociedade foi reapresentada ao coronavírus, família de vírus que, no passado, esteve associado a epidemias graves como a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).

Diante da transmissão acelerada da doença – enquanto médicos e cientistas ainda tentavam identificar o que havia de diferente neste Coronavírus –, rapidamente o assunto ganhou o mundo e os esforços em conter o avanço da epidemia virou questão de saúde pública global.

Para entender o que é o surto pelo novo coronavírus, como a infecção pode afetar o Brasil e ainda como se prevenir em casos de ocorrência em território nacional, a informação é uma grande aliada.

Confira abaixo dados essenciais para que você conheça e se proteja do novo Coronavírus.

  • O que é o coronavírus?

Esse é o nome de uma família de vírus, descoberta nos anos 1960, que é encontrada na natureza em reservatórios vegetais ou animais. Alguns deles podem causar infecções em humanos e é possível que a maioria da população já tenha tido contato com o vírus, sem agravantes para a saúde. No entanto, os vírus podem sofrer mutações, provocando quadros mais graves.

  • E o novo coronavírus?

Ele é uma mutação de um vírus da família Coronavírus que adquiriu a capacidade de infectar humanos e de ser transmitido entre pessoas. Isso já aconteceu outras vezes na história, como em 2002, quando uma nova cepa causou a epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Em 2012, outro novo Coronavírus foi associado a infecções graves na região da Arábia Saudita e, como ficou isolado na região, a epidemia ficou conhecida como MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). O surgimento do novo Coronavírus, que até o momento está sendo identificado como nCoV-2019, parte do mesmo princípio.

  • Como surgiu a nova cepa que está causando a epidemia atual?

Em dezembro de 2019, surgiu na cidade de Wuhan, na China, uma doença até então misteriosa que estava se espalhando e causando pneumonia. Em janeiro, os primeiros registros de mortes associados a nova doença surgiram e o número de infecções aumentou rapidamente na região. Com este avanço, os especialistas chineses iniciaram a busca para identificar o fator causador da infecção, chegando assim ao novo coronavírus. Estudos indicam que os vetores transmissores tenham sido cobras ou morcegos, mas ainda não se sabe exatamente como ocorreu a transmissão para humanos.  A tese, no entanto, é fortalecida pelas condições da região, já que os primeiros casos registrados foram identificados em trabalhadores e frequentadores de um mercado de peixes na região central da cidade, onde são comercializados pescados e frutos do mar, além de animais silvestres vivos.

  • A doença está concentrada somente na China?

Apesar da maioria dos casos estarem concentrados na China, existem registros confirmados de infeções em outros países, como Japão, Coreia do Sul, Austrália, Filipinas Índia, Estados Unidos, Canadá, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Rússia, Espanha, Suécia, Reino Unido, Bélgica e Emirados Árabes Unidos. No entanto, mortes pelo vírus foram confirmadas somente na China e Filipinas. O Brasil ainda não possui casos confirmados de infecção pelo novo Coronavírus.

  • A nova doença é grave?

De acordo com especialistas da área da Saúde, ainda é cedo para dizer, pois as análises clínicas em doentes são recentes. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 2% dos casos confirmados até agora resultaram em morte. Homens com mais de 60 anos, fumantes e que apresentam outras doenças, como hipertensão e doenças respiratórias, têm maior risco de desenvolverem a forma grave da doença.

  • Quais os sintomas da infecção pelo novo coronavírus?

Os sintomas são similares aos de outras doenças respiratórias, sendo principalmente febre, tosse e falta de ar. Algumas pesquisas levantam ainda a suspeita de que a infecção pelo novo Coronavírus pode ser assintomática. Por isso, a prevenção é a melhor forma de evitar que a doença continue avançando.

  • Como posso me prevenir?

Cuidados básicos de higiene podem evitar a infecção pelo novo coronavírus e ainda outras doenças, como higienizar as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel e cobrir o nariz e a boca ao espirrar. Além disso, é importante evitar o contato com pessoas que apresentarem sintomas de doenças respiratórias e ainda evitar sair de casa se estiver doente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda também que viagens à China sejam evitadas durante o surto.

  • Se eu apresentar esses sintomas, quer dizer que estou infectado pelo novo coronavírus?

Não necessariamente, mas é importante procurar atendimento médico caso apresente os sintomas para que a hipótese seja descartada, especialmente quem tiver contato com pessoas que tenham voltado recentemente de viagens aos países mais afetados. Como o vírus está concentrado principalmente na China, a chance de ocorrência do novo coronavírus no Brasil é considerada baixa. A OMS e as autoridades das áreas da Saúde estão adotando medidas importantes para a prevenção e contenção do avanço da doença. Além disso, se fizermos nossa parte seguindo as orientações de prevenção, também contribuímos para evitar a propagação.

  • Como o novo coronavírus afeta o Brasil?

No momento, existem apenas casos suspeitos, porém não confirmados de infecções pelo novo coronavírus no Brasil. A identificação e observação de casos suspeitos simboliza a preocupação dos órgãos de saúde nacionais em evitar a propagação do vírus em território brasileiro. Por isso, não há motivo para pânico! Em caso de ocorrência, a melhor forma de contenção é higiene e informação. Seguindo as recomendações de prevenção e nos munindo de informações sobre o surto por fontes confiáveis, contribuímos para garantir o bem-estar da população.

Para mais informações, acesse o Portal do Ministério da Saúde.